sábado, 22 de agosto de 2009

As Centopéias e seus Sapatinhos

Naquela manhã, a Centopéia acordou mais cedo.
Era dia de comprar sapatos e ela gostava muito de fazer compras.
Levantou, arrumou a sua caminha e foi para a sala tomar café.
Sua mãe já tinha arrumado a mesa.
O café estava quentinho e havia uns bolinhos de que ela gostava muito.

_ Menina, ande logo, senão vamos chegar muito tarde, e não vai dar tempo de comprarmos todos os sapatos de que precisamos.

Dona Centopéia e sua filha pegaram os seus chapéus e suas sombrinhas, por que estava um sol muito forte e saíram.

Quando chegaram à loja, a Joaninha veio atendê-las: __ Bom dia, Dona Centopéia! Como sua filha está bonita! Fazia muito tempo que a senhora não aparecia.

A Centopéia e sua mãe foram olhar os sapatos que estavam na vitrina.
A Centopéia pediu um vestido vermelho, muito bonitinho.

A Joaninha subiu e desceu a escada, subiu e desceu, subiu e desceu diversas vezes para trazer os pares de sapato para a menina.
A Joaninha colocou todos os sapatos na Centopéia e ela andou um pouco para ver se eles não apertavam os seus pezinhos.
_ Dona Joaninha, estão muito apertados! Não tem nenhum número maior? _ pediu a centopeinha.
E a Joaninha subiu e desceu novamente a escada subiu e desceu diversas vezes para buscar os sapatos maiores.

Quando acabou de colocar os sapatos nos pés da Centopéia, a Joaninha não tinha mais força para levantar .
Dona Centopéia, então, abriu a sua bolsinha :_ Você, hoje, está muito cansada. Amanhã, eu volto para comprar os sapatos.

E a Joaninha desmaiou.
Avaliação diagnóstica de Português
Aluno (a):
Escola:
Série: valor: 18,0. nota:_____

Leia os textos e responda às questões:
1- “EU QUERO O MEU CAFÉ”
“Eu quero o meu café”,
Assim falou o gigante,
“Na hora que eu despertar,
logo que eu me levante”.
“Ouçam todos na cozinha”,
continuou o gigante,
“eu mato quem não matar
minha fome num instante!”
“Não quero saber de mingau,
nem de ovos, nem de pão.
Eu quero o que eu quero
E quero um bocadão.”
“Cem panquecas com geleia,
nem uma a menos ou a mais,
que só assim a minha pança
fica cheia e eu fico em paz.”
GOODE,Diane.O Livro dos Gigantes e dos Pequeninos.São Paulo, Companhia das Letrinhas,2001.
De acordo com o poema, o gigante, quando acorda, quer comer
(A)mingau.
(B)ovos.
(C) panquecas.
(D) pão.
2- O LEÃO E AS OUTRAS FERAS
Certo dia o leão saiu para caçar junto com três outras feras, e os quatro pegaram um veado. Com a permissão dos outros, o leão se encarregou de repartir a presa e dividiu o veado em quatro partes iguais. Porém, quando os outros foram pegar seus pedaços, o leão falou:
- Calma, meus amigos. Este primeiro pedaço é meu, porque é o meu pedaço. O segundo também é meu, porque sou o rei dos animais. O terceiro vocês vão me dar de presente para homenagear minha coragem e o sujeito maravilhoso que eu sou. E o quarto... Bom, se alguém aí quiser disputar esse pedaço comigo na luta, pode vir que eu estou pronto. Logo, logo a gente fica sabendo quem é o vencedor.
Moral: Nunca forme uma sociedade sem primeiro saber como será a divisão dos lucros.
FÁBULAS DE ESOPO. São Paulo, Companhia das Letras, 1994.
Com base no texto, percebe-se que o leão é
(A) Descontrolado.
(B) Esperto.
(C) Implicante.
(D) Nervoso.

3- UMA MANIA MEIO ESQUISITA
As lontras gostam muito dos rios que têm grandes pedras. Elas costumam fazer cocô nessas pedras para marcar o território. É pelo cheiro que as outras lontras identificam se aquela pedra já tem dono ou não. Pra gente, isso parece esquisito, mas pode apostar que funciona.
Outra coisa que dá certo para esses animais é abrigar-se quando algum perigo está por perto. As lontras se escondem em buracos que elas mesmas cavam ou que já existem nas margens dos rios.
Em geral, esses buracos ficam encobertos pela vegetação.
Os esconderijos preferidos das lontras são as fendas naturais das rochas e os paredões rochosos, como é o caso de rios da Mata Atlântica. No Pantanal, ao longo do rio Paraguai ou em certos rios pequenos, que são chamados localmente de corixos, elas fazem tocas e buracos nos barrancos e nas margens.Infelizmente, a lontra é mais um animal que corre risco de extinção. A principal causa do desaparecimento da espécie é a destruição do seu habitat, ou seja, sua casa e vizinhança. No caso da lontra, significa a devastação das florestas que margeiam os rios e a poluição das águas.
Outras ameaças a esse animal são a caça para a venda da pele, a substituição da vegetação original por outras plantações diferentes daquelas as quais ele está acostumado e o desaparecimento de peixes e caranguejos, por causa do esgoto e do lixo que o homem joga nas águas dos rios. Devemos lembrar que o peixe e o caranguejo constituem a alimentação de muita gente.
Para salvar as lontras da extinção é necessário proteger os lugares onde elas vivem e de onde tiram seus alimentos. Em outras palavras, isso quer dizer: preservar as florestas e conservar os rios limpos.
Ciências Hoje das Crianças, Ano 10, Nº 75, 2ª ed, com adaptações.A expressão “esse animal” (linha 19, 4º parágrafo) se refere à palavra
(A)lontra.
(B)homem.
(C)peixe.
(D)caranguejo.

4- O MENINO RICO
Nunca tive brinquedos.
Brinco com as conchas do mar
e com a areia da praia
brinco com as canoas dos coqueiros
derrubadas pelo vento.
Faço barquinhos de papel
e minha frota navega nas águas da enxurrada.
Brinco com as borboletas nos dias de sol
e nas noites de lua cheia
visto-me com os raios do luar
e na primavera teço coroas de flores perfumadas.
As nuvens do céu são navios
são bichos, são cidades.
Sou o menino mais rico do mundo
Porque brinco com o universo
porque brinco com o infinito.
NASCIMENTO, Maria Alice do. O diário de Marcos Vinícius. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

O texto fala das brincadeiras de um menino. Ele se acha o menino mais rico do mundo porque
(A) ele pode brincar com as conchas na areia da praia.
(B) ele transforma tudo o que existe à sua volta em brincadeira.
(C) os barquinhos de papel navegam nas enxurradas com sua frota.
(D) os brinquedos tradicionais deixam a criança infeliz.


5- O HOMEM QUE ENTROU PELO CANO
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares.
Vez ou outra, um desvio, era uma secção que terminava em torneira. Vários dias foram rodando, até que tudo se tornou monótono.
O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou:
“Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
RANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras proibidas. Rio de Janeiro. Codecri. 1979, p.103.
O trecho que expressa opinião é
(A) “Aqui e ali ouvia barulhos familiares.” (l. 2-3)
(B) “O cano por dentro não era interessante.” (l.4-5)
(C) “Uma criança brincava.” (l. 6)
(D) “ ...ele desceu pelo esgoto.” (l. 12-13)